Home Notícias OAB vai judicializar questão do acesso da advocacia nos foros se CNJ não reconhecer isonomia

OAB vai judicializar questão do acesso da advocacia nos foros se CNJ não reconhecer isonomia

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O presidente nacional da OAB, Claudio Lamachia, destacou nesta quarta-feira (25) que a entidade exige que o tratamento destinado à advocacia seja o mesmo dispensado aos demais atores do cenário judicial, em especial no que diz respeito à obrigatoriedade de uso de aparelhos detectores de metais por parte advogados e advogadas em tribunais. Ele ressaltou que o Conselho Pleno, instância máxima da Ordem, já deliberou sobre o tema no ano passado, estabelecendo o entendimento da entidade sobre o assunto.

“Na ocasião foi aprovado pleito de invalidação do inciso IV do artigo 9° da Resolução n° 176/2013 do CNJ. Também foi aprovado pedido para que o CNJ faça cumprir o comando legal, fiscalize e cobre o cumprimento, pelos tribunais, de não discriminação da advocacia para que todos, inclusive os titulares de cargos públicos e aqueles que exercem funções públicas como a magistratura e o Ministério Público, sejam submetidos de forma isonômica a detector de metais, ressalvados apenas e tão somente aqueles excepcionados pela lei”, disse Lamachia.

O presidente afirmou que se a questão não for solucionada no âmbito do CNJ, a OAB ingressará judicialmente para buscar uma resolução para a questão. “Entendemos que deve haver isonomia. Não somos contra medidas de segurança que aprimorem o ambiente adequado para o exercício do Direito e da Democracia. O que não aceitamos é a discriminação feita aos advogados e advogadas brasileiras, que são obrigados a passar por detectores de metais para ingressarem nos prédios das unidades judiciárias. Se advogados e advogadas serão revistados, queremos que isso se estenda a todos os demais servidores. Do contrário, trata-se de medida discricionária que cria uma hierarquia inexistente nos tribunais”, disse ele.

Lamachia destacou ainda a importância de que advogados que ingressem com ações junto ao CNJ informem sua seccional, para que a Ordem possa acompanhar a tramitação. De acordo com o presidente da OAB, sendo matéria que afeta a toda a classe, é fundamental que a Ordem possa acompanhar de perto julgamentos e decisões.

Nesta terça-feira (24) começou a ser julgado recurso administrativo que trata do pedido para que funcionários tenham de passar por detector de metal para adentrar nos tribunais ou comarcas, cuja origem é a iniciativa individual de um advogado. O julgamento deve ser retomado no dia 8 de maio depois que a conselheira Maria Teresa Ulile pediu vistas.

Fonte: Conselho Federal